1 Viagem 2 Visões, no Amigos da Casa

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Tiradentes, Minas Gerais

Hoje a nossa convidada no Amigos da Casa é a Maria Cristina, uma carioca muito “sangue bom”, do Blog 1 Viagem 2 Visões. Ler os posts da Cris (ou Ornitorrinca) é diversão na certa, pois ela fala o que tem que falar do lugar (o que está correto. Afinal, nós não devemos, nem podemos inventar algo só para glamourizar a coisa né?!).

Tanto é que o nome do Blog já avisa algo como: eu viajei, vou falar o que achei, como é a real! Acredito que foi por isso que eu logo simpatizei com ela, por esse jeito despachado de ser.

Obrigada, Cris, por estar aqui na Casa, foi um prazer te receber. Espero que volte mais vezes, por que a porta está sempre aberta! Um beijão

Vocês também encontram o 1 Viagem 2 Visões no FacebookInstagram e no Youtube.

E aguardem, por que no mês de Julho teremos por aqui a Estela T. e a Gisela S., do Blog Itinerário de Viagem, que nos contarão sobre um destino lindo na … ! É surpresa! Por isso não percam o próximo Amigos da Casa 🙂


Com vocês, 1 Viagem 2 Visões

Quando a Doda me convidou pra escrever no “Amigos da Casa”, eu fiquei toda prosa.

Daí logo depois de ficar alegre, fiquei aflita. Tinha medo de não escrever nada bom o suficiente pra cá, ou de não ter nenhum assunto inédito e interessantíssimo pra falar aqui.

No fim das contas, o que vou falar não é inédito mesmo. E escolhi justamente por isso: aqui no Casa de Doda já saiu um post sobre essa cidadezinha adorável da qual vou falar, que mostra uma outra visão, muito mais otimista, do que tenho a dizer sobre ela.

Porque agora eu só vou descascar ela mesmo. Tiradentes que me perdoe.

Minha implicância com Tiradentes

A Doda mesmo um dia me ensinou que é importante dar uma segunda chance pras cidades que a gente conhece e não gosta tanto.

Às vezes você não gosta de algum lugar à primeira vista mas era por estar de mau humor no dia, com muita preguiça, ou talvez só precisando mudar o grau dos óculos.

Sinto que foi meu caso com Tiradentes: 12 em cada 11 pessoas adoram aquela cidade, mas eu só consegui pensar um “muito bonitinho aqui”, e “eita chão terrível de caminhar”!

E Tiradentes ainda me rendeu uma história trágica: quase todas as fotos que tirei lá se perderam.

Quem já perdeu fotos de viagem deve saber como isso é horroroso. Dá uma dorziinha no coração…

Por sorte essa dorzinha vem sendo mitigada, e a chance de perder fotos é cada vez menor hoje em dia: ainda que você perca todas as fotos de uma câmera, ainda vai ter as fotos do celular.

Se perder do celular, provavelmente você já postou elas em alguma rede social antes, então tá tudo bem. E se perder antes mesmo de postar nas redes sociais, a sua companhia de viagem deve ter tirado outras 795 fotos parecidas, com a câmera, o celular, e jogado nas redes sociais.

Mas voltando à história, Tiradentes foi cruel comigo. Quando eu ia caminhar, tropeçava nas pedras, ou meu tênis – que não tinha a sola antiderrapante – escorregava a cada 2 passos.

Quando eu olhava os cavalinhos tendo que cavalgar naquele chão de pedras totalmente desniveladas e escorregadias – e eles definitivamente não usavam tênis antiderrapante também – dava um misto de dó com desespero.

1 viagem 2 Visões em Tiradentes, Minas Gerais

Quando eu caminhava nas ruas e via a quantidade enorme de cães abandonados, em Tiradentes e Bichinho, dava novamente a mesma sensação.

1 viagem 2 visões em Bichinho, Minas Gerais

Quando eu saía com uma roupa fresquinha, sentia frio mais tarde. Quando colocava um casaco pra evitar o frio, em algum momento morria de calor.

Mas agora vamos pra Bichinho

Daí de repente eu tava indo pra Bichinho, que fica a uma curtíssima distância de Tiradentes e geralmente são passeios conjugados. “Lá parece ser imperdível, tem coisas lindas de artesanato!”

Chegamos em Bichinho.

Primeira tristeza: nunca vi tanto cão abandonado na rua (de novo!), tanto na estrada, quanto na cidade. Segunda: todos eles morrendo de calor.

Blog 1 viagem 2 visões

Terceira tristeza: entramos em umas 3 lojas de artesanato.

Cabou.

O passeio por toda a cidade se esgotou em 15 minutos.

Lá que era “fueim” ou meu humor que tava “fueim” mesmo?

Lendo o post da Doda, concluí que é a segunda opção. A verdade é que “a beleza está nos olhos de quem vê”, e eu provavelmente tava com uns óculos bem sujos de mau humor na época e agora tô querendo muito voltar.

Vendo o tanto de gente que fala apaixonadamente de Tiradentes (a absoluta maioria), percebi que talvez se eu estivesse num humorzinho melhor, teria captado mais as belezas, e os detalhes desagradáveis seriam apenas isso: detalhes.

E eu ainda não aproveitei o passeio de Maria Fumaça, o que é praticamente uma heresia por lá. É outra coisa que se aprende: se você vai pra algum lugar, e não curte as melhores opções dele, vai voltar com uma impressão não tão boa e aproveitar muito menos a viagem do que poderia.

É como ir pras dunas de um deserto e não aproveitar pra fazer sandboard. Você com certeza pode gostar só de olhar, mas vai preferir 1000 vezes se interagir com elas (e rolar uns metros abaixo na areia).

Então deem uma chance pra Tiradentes! Aliás, leiam o post do Casa de Doda, que a visão é totalmente diferente. E no final das contas uma coisa que tento compartilhar no 1 viagem 2 Visões é isso: as visões otimistas ou pessimistas (ou só realistas) possíveis de cada viagem.

Nenhuma viagem vai ter só coisas maravilhosas, nem vai ser totalmente inaproveitável. Mas isso depende também de quem viaja, e não só dos destinos.


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Casa de Doda
Sou a Márcia, gaúcha lá de São Leopoldo. Sou jornalista, gremista, leonina, corredora amadora, viajante e Editora do Casa de Doda! Aqui eu conto sobre os lugares por onde andei e as belezas que vi. E sobre o que eu não gostei, também!! Vem passear comigo.

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